Histórico
Histórico
O Grupo de Estudos Multidisciplinares do Ambiente (GEMA) foi criado por professores da área de Geologia do Departamento de Geografia (DGE/CCH/UEM) em 1987, com o objetivo de desenvolver pesquisas sobre os recursos naturais da região na qual está inserida à UEM. Assim, com esse propósito, reuniram-se os professores José Cândido Stevaux, Issa Chaiben Jabur, Manoel Luiz dos Santos, Paulo Nakashima e Sergio Luiz Thomaz (DGE) mais os docentes Erwin Lenzi (DQI), Evaristo Atêncio Paredes (DEC) e Alice Michiyo Takeda (DBI) para estabelecer as normas gerais para a criação de um núcleo temático voltado às geociências. O professor Sergio Luiz Thomaz sugeriu a denominação Grupo de Estudos Multidisciplinares do Ambiente com a sigla GEMA que foi acolhida por unanimidade. O local sede do GEMA foi o bloco 24 que já contava com salas de professores e alguns laboratórios. Assim, surgiu o GEMA, e o dia 29 de agosto de 1987 ficou marcado como a data oficial de sua criação. Através da RESOLUÇÃO N. 028/2010-COU, assinada pela Reitora Neusa Altoé, ele foi estabelecido como órgão suplementar da UEM.
O projeto “Análise geoambiental e ecotoxicológica da planície aluvial do rio Paraná na região de Porto Rico – PR”, de caráter multidisciplinar aprovado pela Finep, foi o passo inicial para criação e consolidação do GEMA. Para um aval de cunho científico foi organizada uma saída de campo para reconhecimento da área de estudo, sendo convidadas figuras expressivas da comunidade nacional e internacional na área de geociências, estiveram presentes os professores Rodolfo José Angulo (UFPR), Vicente Fúlfaro (UNESP/Rio Claro-SP), Kinitiro Suguio (USP) e Paul Edwin Potter (University of Cincinnati/Ohio-USA). Esses pesquisadores mais os professores do DGE e a professora Alice ficaram acomodados nas instalações do Clube do Baía, margem direita da ilha Mutum, um alojamento de grupo de pescadores de Maringá. O deslocamento se deu em dois barcos que foram cedidos, respectivamente, pelo Sr. Paulo Erasmo Campos e seu irmão Dr. Emir Alan Campos que os comandaram. No primeiro estavam os professores Issa, Paul, Kinitiro, Vicente e Rodolfo enquanto que, no segundo barco estavam os docentes Stevaux, Manuel, Alice, Paulo e Sergio, além do jovem Alexandre Augusto Campos que substituía o Dr. Emir no comando da embarcação. O trajeto compreendeu a descida do rio Paraná; a entrada na foz do rio Baía; o desvio pelo canal Curutuba até a foz do rio Ivinheima; a entrada neste até o canal Ipuitã, retornando ao rio Paraná e seguindo até a ilha Mutum. Devido ao chamado “vento sul” bastante forte e o anoitecer, o percurso pelo rio Paraná foi problemático transformando-se numa real e perigosa aventura que foi descrita pelo geólogo Potter em um artigo publicado no New York Time.
O GEMA atua, principalmente, na bacia hidrográfica do alto rio Paraná, onde são desenvolvidos projetos de pesquisas em Dinâmica de Vertentes, Geomorfologia Fluvial, Análise Geoambiental, Evolução Quaternária, entre outros. Demais projetos foram desenvolvidos em outros rios, como os rios Ivaí, Paranapanema e Ivinhema, com financiamento do CNPq e Fundação Araucária. Com a evolução dos trabalhos, o grupo ganhou excelência e reconhecimento nacional e internacional, com pesquisas sobre Geomorfologia Fluvial, Análise Geoambiental e a Evolução Quaternária de Grandes Sistemas Fluviais.
O GEMA também possui atuação nas áreas de planejamento em municípios paranaenses. Estudos de planejamento rural e urbano já foram executados nos municípios de Maringá, Campo Mourão, Umuarama, Paranavaí, Cianorte, Nova Esperança e Cidade Gaúcha. Esses estudos foram sumarizados em Notas Explicativas e Atlas e desenvolvidos por intermédio de convênios, como estabelecido com à Mineropar (atual IAT).
Atrelado ao desenvolvimento da pesquisa científica, uma das principais atividades do GEMA é a formação de recursos humanos, por intermédio da participação de seus pesquisadores em programas de graduação da UEM, como na Geografia e Química. Nesse sentido, seus pesquisadores atendem ao desenvolvimento de doutorados, mestrados, estágios, projetos de iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso.
Como bem diz um ditado africano:
“Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quiser ir longe, vá em grupo”.
Agradecemos ao Prof. Sergio Luiz Thomaz pela contribuição com os fatos memoráveis do GEMA.